sábado, 9 de setembro de 2017

Jesus o Grande Salvador



JESUS, O GRANDE SALVADOR
 INTRODUÇÃO

Nossos pés estão firmados sobre a terra, percorrendo a moradia passageira presenteada pelo Senhor, mas o coração bate forte ao contemplarmos, com expectativa, o lugar eterno, que há de ser nossa herança permanente. Olhamos para o Céu cheios de júbilo e de malas prontas, pois nossa “passagem” para lá já foi comprada, mediante o precioso sangue Daquele que nos amou e tem guiado nossa vida. Todas as providências foram tomadas por Ele, cabendo a nós apenas um sereno ato de confiança e de perseverança no caminhar cristão.



Texto básico Hebreus 3.1-6 Texto devocional Isaías 53.1-12 Versículo-chave "mas Cristo é fiel como Filho sobre a casa de Deus;e esta casa somos nós, se é que nos apegamos firmemente à confiança e à esperança da qual nos gloriamos" flHb 3.6 - NVI). Em outras palavras, poderíamos dizer que este é o tema tratado nos capítulos 3 e 4 desta epístola aos Hebreus, na qual o autor demonstra um firme anseio em despertar nos seus leitores uma inquestionável confiança em Jesus Cristo, o único que pode conduzi-los em segurança até a concretização desse sonho.

I - PERDIDOS PELO CAMINHO

 Alvo da lição Você compreenderá a importância de guardar firme a sua fé e permanecer no caminho
que Jesus representa. Leia a Bíblia diariamente SEG Jo 3.22-26 TER Jo 3.27-29 QUA Jo 3.30-33 QUI Jo 3.34-36 SEX Jo 5.24-25 SÃB Jo 5.26-27 DOM Ap 3.10-13 Parece-nos, pelo contexto da epístola, que a saú­ de espiritual de seus primeiros destinatários não ia nada bem. Talvez estivessem infectados pelo “vírus da apatia intelectual”, já que se tornaram "tardios em ouvir" (Hb 5.11-12), ou por algum tipo de distúrbio emocional que atrapalhava o seu senso de direção, pois, como disse Tiago, tornaram-se “homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos" (Tg 1.8). Mas o que, de fato, incomodava o pensamento do autor de Hebreus era ver que o coração daqueles irmãos vinha 20 batendo em descompasso com o que o momento exigia (Hb 10.35).


Com os lábios afirmavam estar caminhando rumo à Canaã Celestial, mas pelos atos demonstravam que sua esperança estava perdida no passado, como se ainda pudessem encontrar ali algum tipo de recompensa. Percebemos claramente a angústia de quem escreveu a carta, ao entender que a fé de seus destinatários padecia de uma profunda atrofia espiritual. Embora fosse conhecido de todos o bom testemunho que professaram publicamènte a respeito de Cristo, viviam ainda como servos da antiga religião (o judaísmo). Tanto tempo já havia se passado desde o novo nascimento, mas mesmo assim nunca deixaram de ser crianças na fé, sem discernimento e sem mudança substancial que indicasse algum tipo de crescimento - e quem não cresce, vai se atrofiando! O problema era tão grave que muitos deixaram de confiar nas promessas de Deus (Hb 10.35).

Outros já não eram mais assíduos aos cultos, desprezando a comunhão e a edificação (Hb 10.25). Alguns, apesar das muitas bênçãos que experimentaram na igreja, estavam agora se tornando desertores da fé em Cristo Jesus (Hb 6.4-6). E outros estavam se deixando levar pelas novidades doutrinárias que surgiam a cada dia (Hb 13.9). Estas palavras que hoje estudamos (Hb 3.1-6) foram escritas no intuito de estimular aqueles cristãos (e a nós) a permanecerem fiéis ao cristianismo em detrimento da velha religião ou filosofias vãs que antes seguiam - “se guardarmos firme, até ao fim, a ousadia e a exultação da esperança... a confiança que, desde o princípio, tivemos... conservemos firm es a nossa confissão" (Hb 3.6,14; 4.14).

Para conquistar a atenção de seus leitores, o autor estabeleceu uma comparação entre a superioridade de Jesu s e o caminho apontado por Ele, frente a todas as falsas esperanças que disputavam por um lugar em cada coração. Aplicação E sua vida, está realm ente alicerçada na esperança da vida eterna? Seu compromisso de desenvolver uma relação diária com Deus e cam inhar nos passos de Jesus tem se cumprido? Se a resposta fo r SIM, tenha certeza, então, de que a promessa do Senhor se cum prirá em sua vida. Havia, entre os cristãos hebreus, um forte apego a personagens bíblicos do passado, inclusive a anjos.



Por isso, o autor fez questão de ressaltar a superioridade dejesus, lembrando-lhes que Ele é o Filho de Deus (Hb 1.2; 4.14), o Sumo Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque (portanto, superior a Arão - 6.20), Autor da salvação (Hb 2.10) e Autor e Consumador da Fé (Hb 12.2). Aexposição de tamanha grandeza comprova que a graça por Ele oferecida (a nova aliança, o evangelho e a igreja) é suficientemente eficaz para garantir-lhes o recebimento da promessa (Hb 7.22; 9.15). 21 Aplicação Não há como fugir do confronto de que a nossa vocação e herança são regidas pela espiritualidade e não pelo ritualismo ou benefícios terreais. Ela está prometida aos que crerem, mas só será alcançada por aqueles que estabelecerem, como prioridade: (1) a comunhão com Deus; (2) a obediência ao Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa fé - Jesus Cristo; (3) a perseverança cristã; (4) a boa consciência (1Tm 1.19).

II - REENCONTRANDO O CAMINHO

Entre os inquietantes sinais dessa atrofia espiritual na comunidade cristã dos hebreus, o que mais
incomodava era a inversão de valores daqueles que, desnorteados pelo caminho, ressaltavam os feitos de Moisés em detrimento à obra vicária realizada por Jesus. Segundo a tradição judaica, alguns chegavam ao extremo de dizer que “a alma de Moisés valia mais do que a alma de todos os judeus reunidos”. Assim, o objetivo desse texto não era desdenhar do ministério mosaico, mas confrontar a falsidade religiosa dos que se diziam seguidores de Moisés, mesmo sendo cristãos. Por isso, o escritor se empenhou em demonstrar a supremacia de Jesus em relação a Moisés. 1. Essa preeminência ficou claramente estabelecida quando o escritor demonstrou que Jesus estava com Deus (desde o princípio) edificando a nação redimida, que o texto chama de “casa de D eus”, enquanto M oisés apareceu, no cenário da História, por apenas um momento, convidado a ser um colaborador nesse projeto (Hb 3.5-6). 2. O ministério de Moisés não foi menosprezado, mas o seu mérito ficou circunscrito aos limites designados por Deus. 3. Tudo o que Moisés fez contabilizou apenas uma parte da grandiosa obra que Jesus Cristo estabeleceu e consumou.


4. O Senhor Jesus nos é apresentado como Filho e herdeiro, o legítimo dono da “casa” - “a qual somos nós” (Hb 3.6; cf. lTm 3.15), enquanto Moisés é visto como um mordomo dessa “casa” pertencente a Deus. 5. Moisés anunciou a revelação que haveria de chegar, mas Jesus Cristo é a própria revelação. Se usássemos uma linguagem típica de Pedro, poderíamos dizer que Cristo é a “Pedra Angular” da “casa de Deus”, enquanto Moisés é apenas uma das muitas “pedras” usadas na construção. A carta nos exorta a confiarmos plenamente no ministério de Jesus, seguindo com perseverança e bom testemunho o caminho por Ele apontado, na firme convicção de que "não há salvação em 22 nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (At 4.12). Os personagens bíblicos nos servem de inspiração, exortação e advertência, mas somente Jesus é capaz de nos salvar da ira vindoura (lT s 1.10). Mesmo sendo um "povo escolhido por Deus" devemos perseverar no bom testemunho cristão, com fé eobediência,se quisermos,de fato,recebera herança prometida (Hb 3.12-14).

III-SEGUINDO

O BOM CAMINHO

Algo interessante é notar que os termos Sumo Sacerdote e Apóstolo, referindo- -se a Jesus, somente são encontrados nesta epístola. É compreensível o seu uso quando nos lembramos que apóstolo é alguém enviado como embaixador, portador de uma mensagem e credenciado com grande autoridade para agir em nome de quem o enviou. Além disso, podemos pensar em Jesus como sumo sacerdote na missão de representar a Deus diante de todos os homens e aos homens diante de Deus. Moisés, por sua vez, não foi designado para tamanha responsabilidade, nem recebeu do povo igual crédito, pois vemos no relato bíblico que, do come­ ço ao fim de seu ministério, havia por parte do povo muito descrédito quanto à sua autoridade divina (Êx 17.1-7 e Nm 20.1-13).

Deus Pai enviou Seu Filho como sumo sacerdote e apóstolo em uma missão bem definida, um novo êxodo, através do qual conduziria os fiéis pelos caminhos da santidade até que chegassem às mansões celestiais. Ele foi absolutamente fiel na consumação de Sua incumbência (leia Hb 3.3-6; 10.7; Jo 5.30; 6.38). Moisés também havia sido fiel no desempenho da sua missão (Hb 3.1-2); contudo, Jesus era digno de uma honra muito maior, pelas razões que já citamos. Veja, então, o argumento usado pelo autor para despertar a obediência de seus leitores: "se Moisés foi fiel à missão que Deus lhe confiou, por que não pôde introduzir Israel em Canaã?”. A resposta é simples: aqueles libertos perderam a promessa, não por incompetência de Moisés, mas pela própria incredulidade (Hb 3.19) e rebeldia (Hb 3.18; Nm 13.25-14.19). Com alegria e triunfo, foram resgatados da servidão, mas em lugar de desfrutar das bênçãos prometidas, padeceram no deserto, por não confiarem no ministério de Moisés, na autoridade que Deus lhe concedera e no compromisso estabelecido pelo Senhor: “E contra quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes? Vemos, pois, que não puderam entrar por causa da incredulidade” (Hb 3.18-19).

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O autor está usando esse fato como forma de advertência aos leitores (inclusive a nós) para o perigo de não seguir, com fidelidade e perseverança, Aquele que nos resgatou da escravidão 23 do pecado e que está nos conduzindo à Pátria Celestial (Hb 3.12). Não é suficiente crermos em Cristo apenas no m om ento inicial da vida cristã... devemos confiar Neie até o final da jornada que nos está proposta (Hb 3.15). Para compreender plenamente o impacto dessa advertência, considere o paralelismo estabelecido entre os filhos de Israel e os leitores da epístola, e aplique isto em sua vida. 1. Israel tinha sido escravizado pelo Egito. Seus leitores tinham sido escravos do judaísmo, e nós fomos escravos do pecado. 2. Israel tinha deixado o Egito, cheio das mais altas esperanças. Seus leitores tinham deixado o judaísmo e abraçado o cristianismo com zelo e entusiasmo sinceros, e nós deixamos a velha vida e a velha religião com a mesma alegria e disposição no coração. 3. Israel vacilou em sua fé, em virtude das dificuldades que surgiram durante a jornada. Seus leitores estavam vacilando na fé por causa das perseguições e do apego às tradições, e nós corremos o risco de vacilar na fé pela falta de conhecimento bíblico, pela carência de um testemunho autêntico e pela sedução dos modismos evangélicos. 4. Israel tinha procurado voltar ao Egito (Nm 14.4). Seus leitores estavam pensando em voltar ao judaísmo, e nós vemos muitos cristãos voltando ao misticismo. 5. Israel pereceu no deserto por causa de sua incredulidade. Seus leitores estariam fadados ao fracasso se insistissem na incredulidade, e nós corremos o sério risco de perder a bênção pela falta de um comprometimento verdadeiro.

CONCLUSÃO

Poderíamos resumir o argumento do autor, dizendo: “Estamos convencidos de que o ‘Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão' é fiel e plenamente capaz de conduzir-nos em segurança à presen­ ça do Pai, desde que guardemos firme a nossa fé, sem dividir o coração com outras promessas e falsas esperanças. Devemos confiar em Suas palavras e seguir, com perseverança, pelo caminho em que Ele nos conduzir. Mas se deixarmos de respeitar Sua autoridade e orientação (apesar de Ele permanecer absolutamente fiel), acabaremos perdidos pelo caminho, do mesmo modo como Israel perdeu, no deserto, a oportunidade de herdar a Terra Prometida”.

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